Polêmica dos "lapsi"
Muitos cristãos dizem que se for enfrentar a grande tribulação não dura um dia e já nega Cristo. Mas quem não sentiria medo da grande tribulação ⁉️
O interessante é que estudando a história da igreja isso já aconteceu! Uma parte do povo negou e outra parte não negou a Cristo, a grande perseguição que os cristãos sofreram durante o Império Romano.
A perseguição de Diocleciano não foi a primeira sofrida pelos cristãos. Nos dois primeiros séculos, os cristãos eram vistos como criaturas estranhas que rejeitavam festivais públicos, criticavam as tradições e suspeitos de uma “sociedade secreta”. Mas essa perseguição foi claramente a maior
Em 23 de fevereiro de 303, o imperador romano Diocleciano baixou o edital que deu início à Grande Perseguição aos cristãos. O edital ordenava a destruição de todos livros e edifícios de culto cristão, e a extinção de cargos, dignidades e dos direitos de cidadania romana a quem professasse a fé cristã. Decretos posteriores exigiram que sacerdotes e fiéis rendessem cultos e sacrifícios ao imperador e aos deuses romanos sob pena de prisão, tortura e morte. Milhares de cristãos foram massacrados, especialmente nas províncias orientais. Muitos mártires dessa perseguição foram, posteriormente, canonizados pela Igreja como os oficiais do exército romano São Vitor, que servia no exército em Tebas, e São Jorge, da legião da Lídia.
Quando Constantino se tornou imperador em suas 25 de julho de 306 d.C. um dos graves problemas teológicos da época foi: o que fazer com aqueles que diante da perseguição negaram a Cristo? Vejamos...
O Bispo Cipriano de Cartago, em seu tratado sobre a unidade da Igreja, em uma época em que os cristãos se debruçavam sobre a chamada polêmica dos lapsi (“lapsos” ou “caídos”). Eram assim chamados aqueles que rompiam com a fé por causa da perseguição e, diante de ameaças do Império, não apenas renunciavam à fé cristã como delatavam seus irmãos de comunidade.
Havia uma doutrina que consentia aos bispos reconciliar os apóstatas arrependidos após adequada penitência. Porém, não existia um consenso para o caso específico dos lapsi. Essa polêmica teve como consequência dois Cismas: de um lado, o dos laxistas, que defendiam a readmissão dos apóstatas indistintamente, sem um caminho penitencial; do outro, os rigoristas, que consideravam que os lapsi não deveriam ser readmitidos de forma alguma.
Cipriano, então, exorta os fiéis a não abandonarem o único rebanho de Cristo para seguir aqueles que deste se separaram, criando comunidades próprias, e afirma ser neste único rebanho, a Igreja, que esta a vida do Espírito e sua unidade, fundada no Cristo e expressa na comunhão dos e com os apóstolos, sendo os bispos os que zelam por essa unidade. “Como ninguém pode se salvar fora da arca de Noé, assim ninguém se salva fora da Igreja”, escreve o Bispo de Cartago.
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