O pedido do ladrão da cruz
O pedido do ladrão
da cruz
⁴² Então ele disse:
"Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino"
Lucas 23:42 (NVI)
E Jesus prontamente o atendeu o atendeu como podemos
observar no versículo seguinte:
⁴³ Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você
estará comigo no paraíso"
Lucas 23:43 (NVI)
Veja que o pedido do ladrão da
cruz (que, de acordo com a tradição, se chamava Dimas) era um pedido, de acordo
com a cronologia, como um pedido teleológico. Dimas tinha uma visão
escatológica judaica e uma visão de salvação para o futuro. Os judeus aguardam
o Messias Ben David e nos acusam de receber o Messias Ben Yosef, ou seja, eles
aguardam o Messias filho de Davi e nós recebemos Jesus filho de José. Porém, de
acordo com a visão cristã, nós recebemos o Messias filho de Davi e o filho de
José. O Messias que os judeus esperam é um messias meramente humano, e quando
ele vier, será precedido por Elias e estabelecerá o Reino. Portanto, o ladrão
tinha uma esperança messiânica de que o Mashiah viria com o seu reino, mas para
o futuro. O que ele não esperava é que estava diante do Cristo divino. Jesus,
como Deus homem e Salvador, pôde atender ao pedido do ladrão da cruz, dizendo: 'Hoje
estarás comigo no paraíso!
Possíveis questionamentos oriundos dos mortalistas:
1°) Se Jesus realmente levou o ladrão da cruz naquele mesmo
dia ao paraíso, como explicar o fato de que no terceiro dia da ressurreição,
Maria Madalena juntamente com as outras duas mulheres se aproximaram do
sepulcro, e Maria Madalena, ao se aproximar de Jesus, ouviu Ele dizer:
"Não me toques, porque eu ainda não subi para o Pai." Jesus só voltou
para o Pai quarenta dias depois da ressurreição.
2°) O "Cruris fragil" não foi feito para que eles
morressem, mas simplesmente para que saíssem da cruz, pois o dia seguinte era
sábado e eles não podiam ficar pendurados, de acordo com a lei de Moisés. A
aplicação dessa prática romana era simplesmente para que eles não fugissem da
cruz, para que, posteriormente, fossem novamente colocados nela.
Respostas para essas argumentações:
Resposta ao 1° questionamento: Quando Jesus diz "Eu não
subi para o Pai", Ele não estava dizendo que não subiu em Espírito, não
estava dizendo que Ele não subiu como Deus, mas, sim, que quarenta dias depois,
Ele subiria com corpo glorificado, conforme está em Atos dos Apóstolos.
Resposta ao 2° questionamento: O argumento sobre o
"Cruris fragil" está equivocado. O "Cruris fragil" era a
prática romana de quebrar as pernas dos crucificados. Essa era uma prática
cruel realizada para acelerar a morte dos crucificados, já que tornava difícil
ou impossível que a pessoa se apoiasse nas pernas para respirar. A quebra das
pernas acelerava o processo de asfixia, que era uma das causas de morte comum
na crucificação. O termo "cruris fragil" pode ser traduzido como
"pernas quebradas" em latim. Logo, a ideia de quebrar as pernas para
evitar a fuga não tem amparo histórico.
A vírgula tem que
ser colocada antes do advérbio de tempo
Verso 42
καὶ ἔλεγεν
(E disse)
Ἰησοῦ
- Jesus, (vocativo)
μνήσθητί μου
[lembra – te de mim (oração principal)]
ὅταν
(essa conjunção, que é temporal, vai introduzir uma oração)
ἔλθῃς εἰς τὴν βασιλείαν σου -
quando entrares para o seu reino (oração subordinada adverbial temporal, por
causa do ὅταν, pois ela responde à questão da conjunção “quando”)
Verso
43
Καὶ εἶπεν αὐτῷ [e
disse – lhe: (os dois pontos vai introduzir uma oração)]
Ἀμήν (Começa
com letra maiúscula pois o autor está descrevendo exatamente a fala de Jesus)
Ἀμήν
σοι λέγω (Em verdade a ti digo,) é uma oração principal.
σήμερον μετ’ ἐμοῦ ἔσῃ ἐν τῷ Παραδείσῳ,
é uma oração subordinada adverbial. Semelhante ao versículo 42, σήμερον é o
conector, que está introduzindo a oração subordinada adverbial temporal.
Se eu
colocar a vírgula depois de "σήμερον", pois se fizermos isso, a
oração principal vira subordinada, e a oração subordinada vira a principal, o
que seria uma incoerência no texto.
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